Segundo o jornal Diário da Economia, as lojas de discos Valentim de Carvalho muito conhecida no mundo da música, poderão encerrar suas atividades após a assembleia geral de credores, solicitar o pedido de falência da empresa no Tribunal de Comercial em Lisboa, no ultimo dia 22 de abril.
O jornal da manhã da grande Lisboa, especula que as lojas de discos deve ao seus credores um montante avaliado em um pouco mais de um milhão de euros, sendo ainda alvos de 34 ações judiciais abertas pelos seus fornecedores, no prazo de 5 anos. O lado bom dessa historia que está questão financeira não irá afetar a indústria da música, cinema e nem a de televisão, já que o ex dono da oficina do livro comprou 60% das empresas que fazem parte do grupo Valentim de Carvalho, no valor de três milhões de euros, que asumirá os prejuízos adotados até o presente momento.
Antes de decretar falência, a empresa já tinha recebido um investimento de sete milhões de euros, com a tentativa falida de reerguer o bom funcionamento das lojas, e logo depois outro investimento no valor de oito milhões de euros para o pagamento de partes das dividas adquiridas ao longo dos anos, devido a uma má gestão financeira do atual gestor Paulo Souza Marques, diretor geral da rede de lojas VC.
Em 2001 a empresa VC (Valentim de Carvalho), tentou uma aliança com as maiores industrias da música, as multinacionais Universal e BMG com a intensão de reduzir problemas financeiros com os seus clientes. O diretor geral das redes Valentim de Carvalho, acredita que a redução do número de lojas físicas abertas, fosse reduzida a 10, sendo que houve tempos que existiam 100 lojas físicas da VC espalhadas pela grande Lisboa. O diretor Paulo Souza Marques acredita que essa crise financeira tenha surgido, devido ao aumento da pirataria dentro da indústria da música, com vendas abertas de discos falsificados, gravados e replicados em aparelho de baixíssima qualidade, a falta de controle desta situação por parte dos governantes e a deficiência de uma punição com a pratica ilegal dessa atividade, também contribuíram para a queda do grupo VC, que teve que solicitar até então, uma declaração de falência financeira.
Quando o grupo JRP, comprou a rede de lojas VC, tinha o intuito inicial de reduzir o volume de endereços físicas de 100 para 10, distribuídos em toda zona da grande Lisboa. Ele também afirma que "é necessário cortar as folhas que não dão frutos, e deixar aquelas que servem para nova plantação". O presidente do grupo JRP Paulo Souza Marques, usa como exemplo a loja referência que fica localizado no Lauren Shopping no centro da cidade. uma das últimas a abrir. O responsável garante uma inovação da marca, para ampliar o seu crescimento financeiro no ramo música.
Antes de se tornar a primeira indústria produtora de disco em Portugal, o grupo Valentim de Carvalho que surgiu em 1914 na Baixa de Lisboa, contava apenas com uma das lojas, onde vendia apenas instrumentos para músicos. Seis anos depois, a Valentim de Carvalho se consagrou pioneira na indústria musical, quando a fadista Maria Alice gravou seu primeiro disco pela VC, que após 60 anos no mercado até hoje é referência da indústria de audiovisual, dando lugar a gravação de DVDs, realizados em estúdios e teatros. Hoje conhecida como EMI - Valentim de Carvalho, após se fundir a editora internacional disco gravadora EMI.
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